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domingo, 18 de agosto de 2013

Poema: Histórias Ordinárias


Edgar Allan Poe



HISTÓRIAS ORDINÁRIAS


As Histórias Extraordinárias de Poe são agora ordinárias.
Ninguém mais precisa ler Poe, ele está envergonhado.
A casa de Usher caiu em Manhanttan em 11 de setembro de 2001.
A polícia ainda não sabe qual é a cara de Jack, o estripador; mas a de Misael Bispo, sabe.
A laranja é mecânica porque os laranjais foram envenenados.


Arrastaram um menino de 6 anos pela avenida.
Arrastaram uma cachorrinha prenha pela avenida.
Laçaram, arrastaram e destroncaram um pobre bezerro pela arena (e ganharam 100 mil de prêmio para isso).
Jogaram uma menina de 5 anos pela janela.
Incendiaram um índio na rua só de brincadeira.


HISTÓRIAS OR-DI-NÁ-RIAS.


Porque ordinários são Jason e Fred Kruger: viraram brinquedinhos.
Ordinário é o chapéu azul do General Custer.
Ordinário é o bisturi do Dr. Josef Mengele.
Ordinário é o sangue no carro dos Nardoni.


Outro dia, Norman Bates foi visitar Chico Estrela e Guilherme de Pádua mandou lembranças aos dois.
O dr. Hannibal, o canibal, é o novo analista do goleiro Bruno.
Agora sim, Zeus pode mandar libertar Kraken.












2 comentários:

  1. Estraordinário é sentir a poesia preencher a vida e dar cor a existência. Parabésn!

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