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quinta-feira, 4 de outubro de 2012

4 de outubro, dia do Amado Mestre São Francisco de Assis



Hoje é dia 4 de outubro, dia de São Francisco de Assis e também dia dos animais. Independentemente da crença religiosa de cada um, São Francisco de Assis é um Mestre, um modelo de Ser Humano de verdade. Seus ensinamentos deveriam ser mais estudados e as virtudes que ele demonstrou com os exemplos de sua história de vida, deveriam ser lembradas diariamente.

Então, quero propor algumas reflexões sobre esse assunto.

1) O trem foi inventado em meados do século XIX. Antes disso, todas as viagens e transportes eram feitos por cavalos, mulas, bois, camelos e eqüinos em geral no mundo todo. O que pode justificar ou explicar a extrema crueldade com que são tratados esses animais até hoje, tendo em vista que devemos muito a eles? Touradas, vaquejadas, farra do boi, cavalos de carroças, a indústria da carne, as fazendas de leite, circos, rodeios e sei lá mais quais barbáries o ser humano pode inventar, por que isso é considerado normal?


2) Segundo a organização PETA (sigla em inglês para Pessoas por um tratamento ético aos animais), só nos EUA, 100 milhões de animais (cães, gatos, coelhos, macacos, hamsters e etc) morrem (depois de levar uma vida de pura dor) por ano em testes realizados pelas indústrias química, farmacêutica, cosmética e alimentícia e em experimentos nas faculdades de medicina e toda a área de biomédicas. Fonte: Revista dos Vegetarianos, setembro de 2012.

Fazem isso em nome do "progresso da ciência".

Durante a segunda guerra mundial, judeus, negros, ciganos e homossexuais eram mandados aos campos de concentração nazistas. Muitos deles foram submetidos aos testes científicos dos médicos nazistas. Só para citar um exemplo desses experimentos: a pessoa era colocada num tanque de gelo e deixada ali para os cientistas calcularem o tempo de agonia e o que acontece com o organismo numa situação dessas, como a pessoa vai morrer, etc.

Eles também faziam isso em nome do "progresso da ciência".

Por que nós temos que conviver com isso?



3) O empresário Mário Matsunaga era caçador por esporte. Segundo fotos e relatos divulgados recentemente, ele capturava o animal e o deixava agonizando até morrer e enquanto isso, posava para fotos. Era sempre acompanhado pela esposa, Elise Matsunaga. Depois a esposa o assassinou daquele jeito. Qual é a relação entre os eventos?

4) Milhões de aves e animais silvestres são capturados e mortos no transporte e no processo de comercialização deles. Qual é o grande prazer que a pessoa sente em confinar um belo pássaro numa gaiola para o resto de sua vida? Seria algum tipo de sadismo requintado travestido de amor por aves?

5) Cães e gatos "de rua" não são de rua. São ABANDONADOS, é muito diferente. Foram abandonados por seres humanos cruéis e irresponsáveis.O repórter Record exibiu reportagem sobre o abandono. Reportagem fiel e muito bem conduzida por Marcelo Rezende. O CCZ não é depósito de animais e nem hotel 5 estrelas. Os abrigos de protetores estão abarrotados pelos mesmos motivos: o abandono, a indiferença e a ignorância que cresce e recrudesce na mente coletiva. O que podemos concluir sobre uma sociedade que é INCAPAZ de cuidar ou de respeitar seres tão simples como cães e gatos?

6) Os canis de criação para comercialização de cães e gatos são verdadeiros campos de tortura. Recentemente a Record exibiu excelente reportagem sobre o assunto no Domingo Espetacular. Essa também é uma das causas do abandono.
Comprar e vender são atividades próprias do mundo capitalista. Compramos e vendemos coisas e serviços. Como é que se pode achar normal comercializar animais, se eles não são coisas nem serviços? Raciocínio obtuso.

Essas são apenas algumas questões sobre a problemática da relação ser humano e animal. Mas o assunto é muito mais amplo e mexe com as nossas estruturas mais profundas.

Por hoje, convido a todos para pensarem e refletirem sobre isso. E que o Amado Mestre Francisco de Assis possa iluminar nossas mentes e corações na direção de uma convivência mais pacífica e justa para com os animais.