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quinta-feira, 19 de abril de 2012

DIA DO ÍNDIO

Hoje é dia do índio. É melhor eu nem começar a enumerar o tanto de barbáries cometidas pela "civilização" contra os índios, porque senão o texto vai pesar.  Não é preciso fazer isso, todo mundo está exausto de saber toda essa história macabra. Quero aproveitar a ocasião para lembrá-los de dois filmes muito bons acerca do assunto: Dança com Lobos (Kevin Costner) e Enterrem meu coração à beira do rio (este tem livro também). Ambos tratam do massacre de índios lá na América do Norte. Agora tem o Xingu, que é a viagem dos irmãos Villas Boas ao Xingu, que eu ainda não assisti. E temos agora um fato: no sul da Bahia, índios Pataxó invadem terras, ocupam as fazendas, expulsam os trabalhadores, etc, etc porque o governo da Bahia vendeu terras indígenas a fazendeiros!!

Com tudo isso, eu resolvi transcrever um trechinho do famoso Discurso do chefe Seattle:

"Minhas palavras são como as estrelas - elas não empalidecem.
Como podes comprar ou vender o céu, o calor da Terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como podes então comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para o meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho. O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho.Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem  - todos pertencem a mesma família."

Até a próxima  

sexta-feira, 13 de abril de 2012

HENRY DAVID THOREAU

Henry David Thoreau é um poeta norte-americano que viveu em Concord, Massachussets, EUA de 1817 a 1862 e talvez se encaixe entre os poetas Românticos porque seus textos nos levam a sonhar com liberdade, com paz, com utopias maravilhosas. Recentemente tenho lido um livro dele cujo título é Walden. Walden é o nome de um lago à beira do qual ele construiu uma cabana e ali ficou durante um tempão (não sei exatamente quanto tempo) escrevendo o livro. O texto não é exatamente uma estorinha ou páginas de poemas bucólicos, não. É um texto em que ele desenvolve pensamentos e reflexões acerca da vida humana, dos absurdos que a civilização faz e do tanto que às vezes no anseio de realizarmos desejos, acabamos por cair em escravidões, quando não, caimos no ridículo mesmo.  Hoje, sabemos que Thoreau é um ecologista, talvez até fosse um hippie lá nos anos 70, mas lá no século XIX ele foi bastante incompreendido. Mas ele nem ligou para isso, continuou bem firme no seu próprio rumo. E, além de tratar das questões ecológicas, ele nos leva a uma profundíssima viagem interior.

Ele é citado num filme chamado Na natureza selvagem em que o protagonista sai da cidade, da vida "certinha" para uma aventura nas montanhas, nas florestas apenas com uma mochila nas costas. Interessantíssimo. É citado também no filme Sociedade dos Poetas Mortos também como referência de liberdade e de autenticidade. Para quem está estudando o Romantismo brasileiro, é útil dar uma olhadinha em Thoreau, ajuda bastante. Nas próximas publicações eu vou transcrever uns trechos do Walden. Lembram daquela música "Eu quero uma casa no campo...", então é esse o tema. É isso aí.

segunda-feira, 9 de abril de 2012

MAIS CINEMA

Assisti ao filme A dama de ferro (The Iron Lady) com a Meryl Streep. É uma narrativa que conta a história da primeira ministra britânica Margareth Thatcher. O filme mescla imagens reais (da época) com as imagens do filme. É bem feito. O que chama a atenção mesmo é a atuação da Meryl Streep e sua caracterização. Realmente perfeita. Outra coisa que o filme enfatiza é a questão do papel da mulher nas décadas de 50, 60 e 70. Isso é que é legal. É um bom filme para assistir com toda a família. É bom para quem está estudando história ou especificamente esta época. Quem entende mais a política e a história provavelmente vai curtir mais. Ou quem viveu na pele toda aquela situação. Sim, porque o que acontecia lá refletia aqui, não tenha dúvida. Mostra aquela situação da guerra das Malvinas, que recentemente quase se repetiu. A queda do muro de Berlim, enfim toda aquela efervescência dos anos 80. É uma boa pedida.

domingo, 8 de abril de 2012

FILME: POESIA

É, o título do filme é Poesia. É de um diretor de nome Lee Chang-dong, deve ser chinês.  Ganhou prêmio de melhor roteiro em Cannes. Conta a história de uma senhora que adora poesia, procura a beleza e por isso começa a frequentar um curso de poesia. Paralelamente, a realidade corre solta e não é tão bela assim. Bem, o filme não é exatamente um deleite estético e nem uma trama muito elaborada. É simples, mas não é mal feito. É realista, mas não é grosseiro. Seria útil, por exemplo, em reuniões em que se queira fazer reflexões, só que precisa ser uma platéia madura.  A história se passa na China, mas é universal. A história mostra inclusive a doença que está atacando os idosos: o mal de Alzheimer. Quer dizer, o filme tem diversas camadas, serve para várias discussões.
Esta é a dica de hoje. That's all, folks...

sexta-feira, 6 de abril de 2012

DICA DE FILME

Um dia desses assisti a um filme chamado Melancholia de Lars Von Trier. Estou ainda sob o impacto da beleza do filme. As imagens, a música (Richard Wagner), a história bem levada me encantaram.  O tema predominante é o fim do mundo, mas ele parte do macro ao micro, ou seja, o que acontece lá nas estrelas, acontece no interior da mente humana, na psiquê, no redemoinho de nossas emoções.
É muito bonito. Vale a pena mesmo assistir.

PENSAMENTO

"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles." Philip Ochoa

Este pensamento me lembra um texto do Kafka cujo título é Comunicação a uma academia em que ele conta a história de Pedro, o vermelho, um macaco que se transforma em humano. A narrativa nos leva a pensar na condição humana. Também me lembra de um filme com Anthony Hopkins chamado Instinto, que trata de um antropólogo que vai estudar os gorilas e acaba sofrendo uma profunda transformação.
Então este é motivo da existência deste blog. Falarmos dos animais, do cinema, da literatura e das artes em geral.

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