Hoje é dia do índio. É melhor eu nem começar a enumerar o tanto de barbáries cometidas pela "civilização" contra os índios, porque senão o texto vai pesar. Não é preciso fazer isso, todo mundo está exausto de saber toda essa história macabra. Quero aproveitar a ocasião para lembrá-los de dois filmes muito bons acerca do assunto: Dança com Lobos (Kevin Costner) e Enterrem meu coração à beira do rio (este tem livro também). Ambos tratam do massacre de índios lá na América do Norte. Agora tem o Xingu, que é a viagem dos irmãos Villas Boas ao Xingu, que eu ainda não assisti. E temos agora um fato: no sul da Bahia, índios Pataxó invadem terras, ocupam as fazendas, expulsam os trabalhadores, etc, etc porque o governo da Bahia vendeu terras indígenas a fazendeiros!!
Com tudo isso, eu resolvi transcrever um trechinho do famoso Discurso do chefe Seattle:
"Minhas palavras são como as estrelas - elas não empalidecem.
Como podes comprar ou vender o céu, o calor da Terra? Tal idéia nos é estranha. Se não somos donos da pureza do ar ou do resplendor da água, como podes então comprá-los? Cada torrão desta terra é sagrado para o meu povo, cada folha reluzente de pinheiro, cada praia arenosa, cada véu de neblina na floresta escura, cada clareira e inseto a zumbir são sagrados nas tradições e na consciência do meu povo. A seiva que circula nas árvores carrega consigo as recordações do homem vermelho. O homem branco esquece a sua terra natal, quando - depois de morto - vai vagar por entre as estrelas. Os nossos mortos nunca esquecem esta formosa terra, pois ela é a mãe do homem vermelho.Somos parte da terra e ela é parte de nós. As flores perfumadas são nossas irmãs; o cervo, o cavalo, a grande águia - são nossos irmãos. As cristas rochosas, os sumos da campina, o calor que emana do corpo de um mustang, e o homem - todos pertencem a mesma família."
Até a próxima